segunda-feira, 14 de novembro de 2005

domingo, 13 de novembro de 2005

sábado, 12 de novembro de 2005

Matérias por Autor

>>> ÁREA EM MANUTENÇÃO! <<<

Equipe Primeira Coluna

Equipe Primeira Coluna

EDITOR RESPONSÁVEL

Carlos Moreira

carllosmoreira@gmail.com

COLABORADORES

Ana Gomes

Colunista do site português Tropical e produtora de moda, Ana Gomes tem como especialidade escrever sobre moda e celebridades. Já trabalhou em grandes rádios cariocas como a Nativa FM, 94 FM, Rádio Saara e Rádio Tropical AM. Atuou como repórter da Tv Roc e do jornal Posto Seis.

Bérgson Frota

Formado em Filosofia/Licenciatura pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e em Direito pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). É professor visitante da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e professor de Grego Clássico no Seminário da Prainha - Fortaleza.

Beto Costa

Beto Costa começou sua carreira no jornal de bairro Faz & Acontece, no subúrbio do Rio de Janeiro. Suas matérias rapidamente o promoveram de colaborador a jornalista-chefe do periódico mensal. Ainda cursando jornalismo na faculdade Pinheiro Guimarães, foi convidado por Marcos Salles, ex-diretor executivo da Bloch Editora, a compor o quadro de funcionários da Crejuá Produtora. Nessa empresa, que atua no desenvolvimento de vídeos institucionais, reportagens "off line" e documentários especiais sobre os mais variados assuntos, ele começou a desenvolver a função de roteirista. Paralelamente a esse novo desafio, Beto Costa fez aflorar um antigo sonho: escrever crônicas. Assim sendo, escreveu para algumas revistas da Editora Escala e para a Agito Rio, revista de circulação restrita à cidade maravilhosa. Por passar a acumular muitas funções na Crejuá Produtora, acabou deixando de lado as irreverentes crônicas. "Foi uma pena abandonar esse meu vício de escrever, pois, como costumo dizer, a escrita é a minha maior expressão", lamenta o jornalista. Porém, a partir deste mês, Beto Costa colaborará com o blog Primeira Coluna, escrevendo deliciosos contos. Boa leitura!

José Luis Araújo Lira

Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). É professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e consultor jurídico do jornal sobralense O Noroeste.

Lucio Albuquerque

José Lúcio Cavalcante de Albuquerque. Ex-editor dos jornais Tribuna, Alto Madeira, e com passagens em outras publicações como o Estadão do Norte, Lúcio Albuquerque, egresso da imprensa amazonense, tem projeção nacional, desde a década de 80, quando foi correspondente do Estadão de São Paulo. Com um dos currículos mais completos do jornalismo rondoniense, Lúcio Albuquerque, graças ao seu diligente trabalho de apuração, ganhou prestigio e credibilidade na imprensa regional. Pela relevância do seu trabalho escreve para uma rede de sites e jornais de todo o Estado, honrando o gentedeopinião, com artigos de sua lavra. Jornalista e historiador, Albuquerque é testemunha ocular da explosão rondoniense, seja como repórter, ou fundador da primeira entidade representativa dos jornalistas, ainda no final dos anos 70.

Marcondes Rosa de Sousa

Professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Publica artigos quinzenalmente no jornal O Povo do Ceará.

Maria de Lourdes Aragão Catunda

Nascida e criada em Ipueiras-CE, Maria de Lourdes Aragão Catunda, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro.

No auge de sua mocidade, teve que se retirar da sua terra. Em sua bagagem o que mais pesava era a saudade.

Retirante nordestina em terras alheias, dedicou-se a escrever versos, onde a temática predominante era a musa dos seus sonhos: Ipueiras.

Casimiro de Abreu e Gonçalves Dias foram os poetas que povoaram sua infância e a acompanharam ao longo da vida nesse exílio espontâneo.

Com publicações nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo" e nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios", segue sua trajetória transformando sentimentos em versos e prosas.

SUGESTÕES, DÚVIDAS E/OU CRÍTICAS

primeiracoluna@gmail.com

Carlos Moreira - Nota Biográfica

Carlos Moreira, 30 anos, radialista e pedagogo, nasceu em Ipueiras, interior do Ceará. Começou em 1993, na Rádio Macambira de Ipueiras. Em 1995 foi locutor e produtor na Rádio Asa Branca de Boa Viagem, também no Ceará. Dirigiu em 1997 a Rádio FM Ipueiras, primeira emissora genuinamente comunitária do município. Iniciou Jornalismo em 2001, na Faculdade Pinheiro Guimarães, Rio de Janeiro. No mesmo ano, escreveu para o Jornal da Faculdade e trabalhou na FM Centro da capital fluminense, lugar onde foi membro do Movimento Negro de Duque de Caxias. Atualmente integra a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ipueiras.

Proposta

Somos continuamente embalados pela fugacidade do mundo moderno, dando bulhufas para os velhos e os novos códigos de trânsito da vida. Tudo passa ligeirinho diante dos nossos olhos, no folhear dos jornais e das revistas ou naquela paradinha na banca da esquina. Entretanto algo sempre fica na memória, na lembrança ou na revolta que as injustiças nos causam. Parar um pouco e refletir são essenciais para sobreviver.

Primeira Coluna é o primeiro blog do município de Ipueiras voltado para a cobertura jornalística, a opinião e o debate dos temas mais importantes da cidade, da região, do país e do mundo. A equipe de colunistas é formada por valorosos colaboradores, filhos e amigos da terrinha localizados em várias partes do Brasil, que têm doado todo o seu empenho para manter esse trabalho vivo.

O cotidiano e a história da região são destaques neste espaço, plural e democrático, cujo espírito é valorizar nossa gente e nossos costumes, sem esquecer de, quando necessário, apontar problemas e, na medida do possível, propor rumos.

Equipe Primeira Coluna

Ipueiras - Uma síntese histórica - Por Jeremias Catunda


O local onde hoje se situa a cidade de Ipueiras fazia parte da imensa propriedade que pertencia ao famoso Manuel Martins Chaves, Coronel do Regimento de Cavalaria, Presidente do Senado da Câmara da Vila Nova de São João d'El Rey e uma das figuras mais curiosas da crônica colonial. O império do poder desse homem singular estendia-se por uma amplitude geográfica imensa, alcançando o Planalto da Ibiapaba e indo fenecer já nos sertões dos Inhamuns, onde outros potentados, os Feitosas, estabeleceram "limites de guerra", na conceituação do saudoso jornalista Waldery Uchoa.

Certo dia do ano de 1806, João Carlos Augusto de Oeynhausem e Grewenburg, Governador da Capitania, homem de pouca conversa e muita ação, resolve pôr termo ao ilimitado poder de Manuel Martins, acusado, à época, de mandar praticar crimes terríveis, inclusive o assassinato do Coronel Porbem Ribeiro, juiz da Vila d'El Rey. E lá se foi o Governador para a Ibiapaba passar a revista nos Regimentos da Capitania. O certo é que Manuel Martins, querendo ser gentil a João Carlos, o acompanhou através de várias pousadas, até que, em Ibiapaba, a bomba explodiu: debaixo de uma grande barraca estava uma mesa e sobre ela Oeynhausem colocou uma coroa. Em seguida perguntou a Manuel Martins Chaves se a conhecia, ao que ele respondeu: "é de Sua Majestade, minha Senhora". "Pois em nome dela se considere prisioneiro".

Era o fim do grande potentado. Foi, meses depois, recolhido aos cárceres da prisão de Limoeiro, em Portugal, onde faleceu no dia 23 de maio de 1808. Posteriormente, as suas propriedades foram confiscadas. A "Fazenda Ipueiras" foi retalhada e um dos seus adquirentes, Joaquim Alves Linhares, anos depois, ao se retirar para o Piauí, doou o seu quinhão para servir de patrimônio a Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Ipueiras.

UM PADRE FUNDADOR DA CIDADE



Após a criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras, e embora anteriormente já tivessem tentado moradia alguns povoadores, isso em outubro de 1883, a verdade é que Ipueiras principiou os seus melhores dias de existência quando passou a residir no pequeno arraial o Padre Francisco da Mota Souza Angelim, filho dos Inhamuns. À sua chegada, a capela que fora mandada erigir em 1867, pelo Coronel Vicente Gomes Ferreira, teve as suas portas abertas e passou a ser olhada com carinho pela Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos, povoado em franco desenvolvimento, a cuja freguesia até então Ipueiras pertencia. Homem hábil, inteligente, maneiroso, de marcante personalidade, o Padre Angelim foi conquistando ovelhas ao mesmo tempo que estimulando a construção de casaria de melhor porte. E aos poucos lá se foi melhorando o povoado.

Prosperava a Vila, visto como, eleito Deputado Provincial, o Padre Angelim fez aprovado um projeto de sua autoria em 1883, na Assembléia Provincial, criando aos 25 de outubro o município de Ipueiras, desmembrado de Ipu, tudo de acordo com a Lei nº 2.036. Por caprichos políticos o município foi extinto em 1884, fato levado a efeito pelos adversários do Padre Angelim. Em 1890, restaurado. Em 1933, a politicagem de alguns chefetes voltou a agir e o município foi novamente extinto, para ser restaurado definitivamente em 18 de março de 1935. Em 1938, a Vila foi elevada à categoria de cidade. O Padre Francisco da Mota Souza Angelim faleceu aos 18 de julho de 1884 e os seus restos mortais repousam na nave da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras. *PC*



> Folheto comemorativo do 1º Centenário de Ipueiras, 1883-1983.